M. VILAS
Diretor

Biblioteca

 

Biblioteca do Gémio Lusitano

As bibliotecas têm como objetivo serem ferramentas para promoção da liberdade, da prosperidade e do desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos. São parte integrante na construção e desenvolvimento da democracia, promovendo o conhecimento, o livre pensamento, a cultura e a informação.

As bibliotecas são uma “força viva para a educação, a cultura, a inclusão e a informação, e como agente essencial para o desenvolvimento sustentável e para a promoção da paz e bem-estar espiritual de todos os indivíduos”.

In Manifesto da Unesco, 1949.

A história da biblioteca do Grémio Lusitano surge uns anos antes da constituição da sociedade Grémio Lusitano. Em 1873, Henrique Jerónimo de Carvalho Prostes começa a organizar uma pequena biblioteca que continha anuários, boletins e publicações diversas. Em 1878, a biblioteca já contava com cerca de cinco centenas de obras.

Em 17 de novembro de 1879, o Grémio Lusitano compra o Palácio da Travessa do Guarda-mor e, em maio de 1880, transferindo todos os seus serviços. A biblioteca vai ganhar um novo espaço, mais amplo, que permite aos sócios uma melhor consulta das obras disponíveis.

Apesar das várias vicissitudes, em novembro de 1906, numa distribuição de espaço no Palácio, a biblioteca foi transferida para o 1º andar. Nos anos seguintes, a Direção do Grémio Lusitano vai apostar na compra de novas obras e na sua organização. Em 1914, é nomeado como bibliotecário o ator e professor do Conservatório António Pinheiro.

Na noite de 8 para 9 de dezembro de 1918, um grupo de militares e civis assaltam a sede do Grémio Lusitano. Os estragos foram incalculáveis, muitos livros e documentos foram roubados e rasgados.

A consequência deste acontecimento teve repercussões nefastas e duradouras. A biblioteca esteve durante anos fechada, desorganizada e ao abandono. Em 1924, Esteves Câmara é nomeado como bibliotecário para catalogar e organizar a biblioteca. Em finais de 1925, a reorganização da biblioteca estava concluída. Mesmo durante o 28 de maio de 1926 e as revoltas contra a Ditadura, a Direção procurou valorizar a biblioteca.

A biblioteca crescia, também, com a boa vontade dos sócios e das suas várias generosas doações. São graças a essas doações que podemos, ainda hoje, encontrar obras raras no seu espólio.

No dia 16 de abril de 1929, o Palácio foi cercado por forças da Polícia e da Guarda Republicana que prendeu todos os que se encontravam no local. A partir dessa data, o acesso ao edifício era limitado à direção e funcionários, até ser o mesmo ficar totalmente selado, com todo o seu recheio, incluindo a biblioteca.

A publicação da Portaria, em Diário do Governo n.º 22, II Série, de 27 janeiro de 1937, determina a expropriação e entrega dos bens do Grémio Lusitano à Legião Portuguesa. Alguns dos objetos e livros foram depositados no Ministério das Finanças e outros levados para a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado.

Após o 25 de Abril de 1974, com a devolução do Palácio, em 7 de maio, pela Junta de Salvação Nacional, a direção do Grémio Lusitano procurou recuperar o espólio documental e bibliográfico. A muito custo, a biblioteca foi sendo reorganizada, fruto do trabalho de A. H. de Oliveira Marques e alguns colaboradores. Em 1982, era publicado um catálogo com o fundo monográfico.

Localizada no 1º andar do Palácio, a biblioteca conta com cerca de treze mil títulos entre monografias e folhetos, divididos entre uma área reservada e uma área disponível: aquela primeira é constituída por obras que, pela sua raridade, antiguidade ou estado de conservação não se encontram acessíveis ao público em geral, ao passo que a segunda é o produto de aquisições ou doações recentes aberto à consulta dos utilizadores.

A biblioteca do Grémio Lusitano é um reservatório de memória e um canal para o estudo da história da maçonaria, que se pretende que seja um espaço aberto à promoção e reflexão.

 

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