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É com profunda consternação que anuncio aos Obreiros do Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa, a passagem ao Oriente Eterno do Mui Ilustre e Poderoso Irmão José Paulo de Almeida da Silva Graça, Obr:. da Resp:. L:. Convergência, N.º 501, a Or:. de Lisboa, Simb:. Adriano, pelo que o Grão-Mestre expressa o seu mais sentido pesar por esta notícia, que a todos entristece.
O N:.Q:.I:. Adriano foi iniciado em 15 de junho de 1985 na Resp:. L:. José Estêvão, onde se manteve até dezembro de 2000, tendo ali sido eleito para os mais diversos cargos, nomeadamente o de Venerável Mestre.
Foi ainda membro fundador da Resp:. L:. Fernando Pessoa em 16 de dezembro de 2000. Foi filiado em 23 de Novembro de 2005 na Resp:. L:. Damião de Gois onde foi eleito para diversos cargos, incluindo o de Venerável Mestre, tendo voltado em 20 de Abril de 2017 à Resp:. L:. José Estevão. Em 13 de novembro de 2019 ingressou nos quadros da Resp:. L:. Convergência onde permaneceu até ao dia de Hoje.
Na Obediência desempenhou cargos relevantes:
O N:.Q:.I:. Adriano foi um dos mais estimados membros da Obediência, que ao longo de quase 36 anos de vida maçónica ininterrupta espalhou Fraternidade e afetos. Homem de vasta cultura revelava uma mundividência assinalável sempre evidente nos seus relatos das muitas e ricas experiências que a vida lhe proporcionou e que fazia questão de contar aos seus Irmãos sempre na busca de uma moral exaltante dos valores maçónicos que abraçou.
Era membro Honorário do Supremo Conselho do Grande Inspectores-Gerais do 33º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, decorado com o 33º grau – Grande Inspector-Geral. Foi um Maçon insigne, empenhado e generoso em todas as funções para que foi eleito ou missões para as quais foi escolhido. Associemo-nos todos em homenagem e em Cadeia de União Fraterna aos Irmãos da sua Loja, aos Familiares e aos seus amigos.
O Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa perdeu hoje um dos seus mais Ilustres Obreiros. Honremos a sua memória!
CHOREMOS! CHOREMOS! CHOREMOS!
Lisboa, 22 de fevereiro de 2021O Grão-MestreFernando LimaO Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa chora hoje a perda irremediavelmente do Mui Ilustre Irmão Amândio da Conceição Silva, Obr\ da Resp\ L\ Dom Pedro de Alcântara Nº 544 a Or\ de Lisboa, Simb\ Manuel Tito de Morais, pelo que o Grão-Mestre expressa o seu mais profundo pesar por esta notícia que a todos entristece.
Foi Inic.na Resp\ L\ José Estevão em 14 de Maio de 1998; Filiado na Resp\ L\ Fernando Pessoa 02 de Abril de 2001 onde obtém o grau de MM. Neste Oficina desempenhou as funções Guarda Int\, Int\ Banq\, Or\ e Rep\ à Gr\ Dieta em mais de uma legislatura; Em 15 de Outubro de 2007 funda a Resp\ L\ Dom Pedro de Alcântara na qual exerceu os cargos de Ven\ M\, Or\, Rep\ à Gr\ Dieta em várias legislaturas, e Chanc\ Arq\; Na Gr\ Dieta exerceu os cargos de Or da Sublime Câmara, de Presidente Comissão das Relações Externas, membro da Comissão de Relações Internacionais e da Comissão de Solidariedade.
Na Obediência realçamos a sua nomeação como membro da Comissão Organizadora XIII Congresso do Grande Oriente Lusitano, e Gr\ Delegado do Grão-Mestre para América de Língua Castelhana e América do Norte. Era atualmente membro do Gr\ Cons\ Maç\. Mas foi o seu trabalho no Brasil, as pontes que lançou e a fraternidade que espalhou, que marcam de forma indelével a suavidade da sua presença, a forma diplomática e generosa como sempre tratou todos.
Amândio Silva era um homem de afetos, de sorriso fácil ao mesmo tempo foi um Maçon rigoroso, exigente, empenhado quer nos trabalhos de Loja, quer nos cargos e funções para que foi escolhido pela Ordem. Associemo-nos todos em homenagem e em Cadeia de União Fraterna aos obreiros da sua Loja, aos Familiares e Amigos.
O Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa perdeu hoje um dos seus melhores. Honremos a sua memória!
CHOREMOS! CHOREMOS! CHOREMOS!
Lisboa, 31 de janeiro de 2021
O Grão-Mestre
Fernando Lima
O país enfrenta um desafio novo e complexo: proceder, no próximo dia 24 de Janeiro, à eleição do Presidente da República, em estado de emergência, declarado com fundamento na verificação de uma situação de calamidade pública, e no meio de um confinamento geral, como forma de responder ao aumento do número de novos casos de contágio da doença COVID-19.
Num país onde os índices de abstenção, em idênticas eleições anteriores, ultrapassaram os 50% (51,34% em 2016 e 53,48 em 2011), a realização das eleições, do próximo dia 24, será um teste à qualidade da democracia portuguesa e ao grau de consolidação da cidadania.
Os Maçons devem participar na vida pública, nomeadamente nos actos eleitorais.
Se, em condições normais, a abstenção nas eleições presidenciais foi sempre elevada, é importante que, no acto eleitoral que se avizinha, atendendo aos enormes condicionalismos existentes, o Estado crie todas as condições para que o maior número de pessoas possa participar. Emigrantes, pessoas em lares, confinados, em mobilidade ou no exercício de atividade profissional de qualquer natureza, a todos deve ser facultado acesso a sistemas e formas que agilizem o exercício do direito de voto, incentivando a participação e combatendo o abstencionismo. Competirá aos decisores políticos trabalhar no sentido de que, no futuro, votar seja cada vez mais fácil, acessível e amigável.
Numa época em que as ideologias se tornaram fluidas, os movimentos inorgânicos ganham expressão e crescem os movimentos radicais que ameaçam o nosso modelo civilizacional, só uma cidadania forte e eleitores críticos e esclarecidos serão capazes de defender os valores democráticos, recusando populismos e movimentos pseudonacionalistas, germinados no pântano do ódio e da ignorância, que promovem a intolerância, como o que gerou a invasão do Capitólio, símbolo da maior democracia mundial, que só podemos condenar.
Mais uma vez, o Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa, enquanto representante máximo da mais antiga Obediência Maçónica Portuguesa, defensora intransigente dos valores da Liberdade, da Dignidade Humana e da Democracia, apela à participação dos portugueses nas próximas eleições para a Presidência da República e à recusa, através do voto, de projetos contrários aos valores democráticos.
Lisboa, 15 de janeiro de 2021
Fernando Lima
Meus Queridos Irmãos,
A crise pandémica global que atingiu tudo e todos de forma abrupta é um acontecimento que marca uma época, que define um antes e um depois, e que veio mudar já a forma como melhor descobrimos e vemos o sec. XXI.
É uma crise de medo e asfixia, diferente de outras crises que enfrentámos, e que amplificou numerosos debates sobre questões estruturais, seja sobre a política e a geopolítica, a economia, a ecologia e a sustentabilidade ambiental, a organização social, as relações entre as pessoas.
A conjuntura é regressiva, os antagonismos reforçaram-se, o humanismo afasta-se da compreensão da complexidade dos problemas humanos, e antevê-se um novo paradigma civilizacional cada vez mais provável, com manchas negras da tirania do individuo, nos desafectos, na solidão, no facto inédito da cisão entre os homens e as comunidades partilhadas. A esperança de um despertar mais solidário é ténua.
Os Maçons estão, como todos, imersos nesta gigantesca crise planetária. As questões que se põem à Maçonaria, aos Maçons, ao Grande Oriente Lusitano, têm a ver com a compreensão da época e à valia, para nós sempre actual, dos seus princípios e valores, à sua aplicação cívica por cada qual na sociedade e nos sistemas humanos e sociais onde interagem. Comprometidos num permanente combate militante humanista, por uma sociedade futura sempre mais justa, mais fraterna, mais livre, mais solidária, na defesa da diversidade e respeito pelo outro para encontrar caminhos comuns.
Mas compromisso primeiro entre nós de não deixarmos que o isolamento de uns e outros leve à perda de confiança na nossa forma de estar, no nosso modo de ser, no compromisso de vivermos e estarmos presentes no outro, de vivermos com ele, e com todos.
A nossa cultura começa a sentir a falta de uma representação social positiva da fraternidade. Dir-se-á que o facto de termos estado impossibilitados de reunir regular e presencialmente, sem a pratica habitual dos nossos métodos de pensar, dos nossos ritos e rituais, dificulta vivermos esta época e corresponder aos seus desafios.
Mas o maçon retira a sua legitimidade de o ser de si próprio, por possui em si a faculdade de compreender, de aprender, pensar, interrogar, criticar. Sabe , como nos dizia Pessoa no seu Cântico Fraterno que o que é grande no homem é ser ponte (de sonho) e não ser apenas fim.
A cerimónia publica de inauguração do memorial a Teotónio de Ornelas, realizou-se no passado dia 31 de outubro, com a presença do Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, Fernando Lima.
O memorial assinala a passagem do 150º aniversário do seu falecimento, ocorrido a 25 de outubro de 1870. É uma iniciativa do Grémio Atlântico, cujo presidente, agradeceu ao Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo também presente na ocasião, a abertura do Município à iniciativa, que aceitou e suportou.
A peça escultórica é da autoria de Dimas Simas Lopes que contou com a a colaboração de Emanuel Félix Filho, que acompanhou o projeto e para ele contribuiu com o desenho da reconstituição, daquilo que foi o Palácio de Santa Luzia, residência citadina de Teotónio de Ornelas, representada no local por um painel de azulejos.
O monumento fica localizado em Santa Luzia, na cidade de Angra do Heroísmo, junto ao Observatório Meteorológico José Agostinho.
O Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa, casa da liberdade e da defesa dos direitos humanos, condena, pública e veementemente, os atentados terroristas que nos últimos dias ocorreram em França.
Já no passado dia 16 de Outubro o Grande Oriente Lusitano se juntou àqueles que, no seio da AME – Aliança Maçónica Europeia e do CLIPSAS, repudiaram o ato bárbaro de decapitação de um professor nas ruas de Conflas-Sainte Honerine que pagou com a sua vida a defesa da liberdade de expressão.
A reiteração da violência com base na intolerância religiosa reclama uma condenação clara. Esses atos constituem um atentado contra os valores que os maçons, bem como todos os democratas, sempre defenderam: a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a liberdade de pensamento, de expressão e de consciência, a laicidade, o respeito pela diferença e a tolerância; valores também centrais no âmbito de uma educação para a cidadania, em que todos nos devemos empenhar.
Num momento em que, por motivos sanitários e de saúde pública, temos estado mais centrados nessas preocupações essenciais, temos a responsabilidade de não confundir confinamento com alheamento e intervir, de forma ainda mais empenhada, publicamente e na sociedade, na defesa dos valores democráticos.
O Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa expressa a sua solidariedade para com o povo francês, deixando claro que os ataques que tem sofrido são também um ataque a todos os democratas e também aos Maçons, que sendo, também, depositários dos valores humanistas, têm de permanecer firmes, corajosos e activos na sua defesa.
Meus Queridos Irmãos,
O Grande Oriente Lusitano, casa da liberdade, da indignação contra as desigualdades e ausência de solidariedades e da cultura dos direitos humanos, saúda todos neste dia 5 de outubro, dia da república e da evocação dos seus valores. Valores republicanos antes do mais associados à noção da prevalência do interesse publico sobre interesses particulares, no âmbito de uma ética social.
Também à ideia de soberania do povo, ao princípio electivo e da representatividade, à igualdade como instrumento da justiça social, à fraternidade como veículo para universalidade, à laicidade como pilar da liberdade de consciência, à cidadania como expressão prática destes valores, geradora para todos das mesmas oportunidades e capacidades.
E, também, de uma ética individual de comportamento honrado e anti-ostentatório de quem coloca o bem colectivo acima de privilégios ofensivos, e procura zelar pelo bom uso dos recursos públicos. Os valores republicanos são os garantes dos direitos de todos, sem pôr de parte os deveres.
Não é preciso dizer muito para contrastar o estado actual do mundo e do país, onde os sinais de alerta são cada vez mais evidentes, e que esta pandemia veio amplificar exacerbando medos, fomentando angústias, facilitando as notícias falsas e a desinformação, simplificando perigosamente as mensagens, numa trajetória populista preocupante que, a prazo, justificará uma deriva messiânica que, como Maçons, teremos de combater com todas as nossas forças. O obscurantismo e as regressões civilizacionais estão à vista de todos.
As condições básicas da cidadania, da liberdade, igualdade e da fraternidade, da razão iluminista, estão a ser violentamente questionadas em muitos lados. Os Maçons são depositários dos valores republicanos, corajosos e resistentes à tentativa de os eliminar.
Para dar sentido ao presente, é preciso reler sempre o passado, para nos projectarmos no futuro, com determinação e progresso esclarecido. Por isso, hoje, e sempre, os Maçons gritam bem alto, VIVA A REPÚBLICA.
Saúde e fraternidade
Fernando Lima